Publicação

23/01/2025em Direito Empresarial
Janeiro Branco e Bem-Estar no Trabalho

Segundo a OMS, a depressão e a ansiedade causam uma perda de US$ 1 trilhão em produtividade global a cada ano, sendo que no Brasil os números são alarmantes, considerando que o país ocupa atualmente o 5º lugar com maior índice de casos de depressão no mundo.
Nos últimos anos, inclusive após a pandemia, a necessidade de diálogo sobre bem-estar no ambiente de trabalho evoluiu de forma significativa e com contornos que transcendem apenas os limites de uma simples ferramenta de marketing e agora tornou-se uma estratégia para as empresas. Algumas empresas perceberam que promover e estimular a saúde mental, assim como o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, é vital para o crescimento sustentável e a sobrevivência em um mundo de mudanças constantes.
Algumas empresas oferecem benefícios e vantagens como aplicativos de mindfulness, descontos em academias, alguns espaços internos para promover descanso e eventualmente eventos abordando o tema sobre saúde e bem-estar, e, embora essas benesses sejam interessantes, produzem efeito apenas a curto prazo. Observando algumas empresas, fica nítido que embora oportunizem essas experiências, ainda mantem um ambiente coorporativo em que os colaboradores se sentem sobrecarregados e desmotivados.
É importante ainda considerar que as intervenções podem e devem ser feitas com caráter preventivo, ou seja, antes que os problemas se tornem uma realidade, dessa forma, o enfoque acaba limitando-se aos sintomas, e não avalia as causas estruturais.
Recentemente o colunista Horácio Toco Coutinho abordou o conceito do Bem-Estar 2.0 como estratégia empresarial, ponderando de forma precisa que as empresas podem adotar abordagens mais integrada, para que o bem-estar se torne parte do DNA da organização, transcendendo ações isoladas e firmando compromisso estrutural para promover a estabilidade psicológica e manter resultados sustentáveis para as organizações.
Dentre os Pilares do Bem-Estar 2.0 estão presentes: Cultura Organizacional Forte, Segurança Psicológica, Liderança Inspiradora e Atenção Individualizada. São ações e conceitos que podem criar dentro da empresa ambientes de pertencimento e confiança, reduzindo o desgaste emocional e mantendo o foco também em resultados.
A advogada Natalia Guazelli pondera que: “É necessário abandonar a visão de que bem-estar e resultados ocupam polos opostos, considerando que as evidências recentes nos demonstram que esses conceitos precisam necessariamente caminhar lado a lado para que as empresas mantenham resultados sustentáveis e uma equipe de trabalho engajada e motivada”.
É possível listar algumas vantagens competitivas observadas pelas empresas que adotam o bem-estar como ação estratégica: aumento de produtividade, diminuição na rotatividade de equipe, redução de custos com afastamento e tratamentos de saúde, e dentre outras, melhora no posicionamento de mercado.
Conclusão
O futuro do trabalho exige mais do que medidas pontuais; requer um compromisso sólido com o bem-estar, e as empresas que adotam o Bem-Estar 2.0 como uma estratégia de atuação, não só impulsionam resultados financeiros, mas também criam ambientes que transformam a vida de seus colaboradores.
Se você deseja implementar uma abordagem de bem-estar estratégico em sua empresa, entre em contato conosco. Vamos juntos construir um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e sustentável.